Este blog tem como objetivo trazer reflexões bíblicas, filosóficas e educacionais que estimule a fé o pensamento critico e o respeito pela vida.

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A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isso fica sendo a minha última e mais elevada descoberta. Issac Newton. No princípio criou Deus os céus e a terra. Gn. 1.1
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Síntese Filosofia Medieval


 Síntese filosofia Medieval

 

A filosofia medieval é um período de reflexão filosófica que se estende do século V ao século XV, e que se desenvolveu principalmente na Europa Ocidental. Esse período é marcado pela influência do cristianismo na filosofia, e pela tentativa de conciliar a razão com a fé.

Durante a Idade Média, a Igreja Católica exerceu uma grande influência na vida social, política e cultural da Europa. A filosofia medieval, portanto, foi profundamente influenciada pela teologia cristã, que se tornou o principal objeto de estudo dos filósofos da época.

Uma das principais correntes filosóficas da época foi o escolasticismo, que buscava conciliar a razão com a fé cristã. Os escolásticos, como Santo Tomás de Aquino, utilizaram a filosofia aristotélica como base para suas reflexões, e desenvolveram uma série de argumentos teológicos para provar a existência de Deus e a validade da fé cristã.

Outra corrente importante foi o misticismo, que enfatizava a experiência mística como forma de acesso ao divino. Os místicos, como Meister Eckhart, buscavam uma união direta com Deus, por meio da contemplação e da introspecção.

Além disso, a filosofia medieval também foi marcada pela influência da filosofia islâmica e judaica, que foram traduzidas para o latim e incorporadas ao pensamento europeu.

Em resumo, a filosofia medieval é um período histórico que se estendeu do século V ao século XV, e que se caracterizou pela forte influência do cristianismo na filosofia. As principais correntes filosóficas da época foram o escolasticismo e o misticismo, e a filosofia medieval também foi influenciada pela filosofia islâmica e judaica.

 

Marcos M Paula

CONSTRUTIVISMO (PEDAGOGIA)


 CONSTRUTIVISMO

 

O construtivismo é uma abordagem pedagógica que se baseia na ideia de que o conhecimento é construído pelo indivíduo, a partir de suas próprias experiências e interações com o ambiente. Segundo Piaget, um dos principais teóricos do construtivismo, "o conhecimento não é uma cópia da realidade, mas uma construção da mente".

Essa perspectiva valoriza a participação ativa do aluno no processo de aprendizagem, em contraposição ao modelo tradicional de ensino, que coloca o professor como detentor do conhecimento e o aluno como mero receptor. Como afirma Vygotsky, outro importante teórico do construtivismo, "a aprendizagem é um processo social e culturalmente mediado".

Dessa forma, o papel do professor no construtivismo é o de facilitador, que estimula o aluno a explorar, questionar e descobrir o conhecimento por si mesmo. Como destaca Paulo Freire, "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção".

Em suma, o construtivismo é uma abordagem que valoriza a construção ativa do conhecimento pelo aluno, por meio de suas próprias experiências e interações com o ambiente. Como afirmou Piaget, "o conhecimento não é dado, nem encontrado, mas construído".

Existem diversas formas de aplicação do construtivismo na ação pedagógica. Algumas delas são:

1.    Aprendizagem baseada em projetos: nessa abordagem, os alunos são incentivados a desenvolver projetos que envolvam a aplicação prática do conhecimento adquirido. Dessa forma, eles têm a oportunidade de construir seu próprio com

2.    Aprendizagem cooperativa: nessa abordagem, os alunos trabalham em grupos para resolver problemas e desenvolver projetos. Dessa forma, eles têm a oportunidade de compartilhar conhecimentos e experiências, construindo o conhecimento de forma colaborativa.

3.    Aprendizagem por descoberta: nessa abordagem, os alunos são incentivados a descobrir o conhecimento por si mesmos, por meio da exploração e experimentação. O professor atua como facilitador, orientando e estimulando os alunos na sua busca pelo conhecimento.

4.    Aprendizagem significativa: nessa abordagem, o conhecimento é apresentado de forma contextualizada e relacionada com a realidade dos alunos. Dessa forma, eles conseguem estabelecer conexões entre o que já sabem e o que estão aprendendo, construindo um conhecimento mais significativo e duradouro.

Essas são apenas algumas das formas de aplicação do construtivismo na ação pedagógica. O importante é que o professor esteja sempre buscando formas de estimular a participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem, valorizando suas experiências e interesses, e criando um ambiente propício para a construção do conhecimento.

 

Marcos M. Paula

AVIVAMENTO ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO EF. 5.18 PARTE 6 FINAL


 6. RESULTADOS DE UM AVIVAMENTO ESPIRITUAL

            A terceira lei de Newton afirma que a toda ação corresponde a uma reação de igual intensidade, mas que atua no sentido oposto. Em todos os exemplos que verificamos até agora acerca do Avivamento, podemos dizer que a ação do Espírito Santo na vida do crente produz também uma reação, e sempre oposta, no sentido de que, quando o Espírito Santo reveste ao homem, este sai naturalmente da sua inércia para um estado de fervor espiritual. Neste nosso último tópico vamos tratar do que chamamos de resultado de um Avivamento Espiritual.

            Veremos isto a luz do livro de Neemias.  A ênfase no livro de Neemias é de reconstrução, não apenas dos muros de Jerusalém, mas principalmente a reconstrução de uma nação esfacelada, decadente, que se encontrava em grande apuro e miséria – esse era seu desafio. Em Neemias 8 vimos como o espírito renovador começou com fome da Palavra. Quando a Lei foi lida, produziu uma profunda convicção da necessidade de confissão nos corações dos que ouviram. O povo arrependeu-se de seus pecados e submeteu-se ao Senhor. No capítulo 9, encontramos uma das mais belas orações de confissão de toda Bíblia. Israel fez uma retrospectiva de sua história e viu o quanto pecara, mas também viu o quanto Deus é bom. Numa atitude de contrição e quebrantamento, o povo olhou para o passado, a fim de ver onde tinha caído e de não repetir mais os mesmos erros. Na lição de hoje, vamos refletir sobre os resultados do avivamento que o povo israelita experimentou após a reconstrução dos muros de Jerusalém. Quais foram os resultados do genuíno avivamento experimentado pelo povo?   

6.1 Quebrantamento espiritual

            Neemias diz que a festa já havia terminado, mas o povo ainda permanecia na cidade e desejava ouvir mais da palavra de Deus. Havia fome da Palavra. Os banquetes transformaram-se em jejum e as vestes festivas foram trocadas por pano de saco (v. 1). À medida que a Palavra os convencia da culpa, o povo sentia cada vez mais a necessidade de confessar os seus pecados a Deus. O arrependimento está intimamente ligado a uma profunda tristeza pelo pecado e a um desejo intenso de mudança – 2 Coríntios 7:9,10. Por isso, quando confrontados com seus pecados, os filhos de Israel “se reuniram, jejuaram, vestiram pano de saco e puseram terra sobre sua cabeça” (v. 1, NVI). Cobrir-se com pano de saco é um sinal de tristeza (Gn. 37:34), humilhação (1Rs 21:27), desespero (2Rs 19:1) e angústia (Et 4:3). O gesto de ‘por terra sobre a cabeça’ completava a expressão de tristeza e arrependimento. Essas reações eram o resultado de um profundo e genuíno avivamento espiritual, que vinha da alma, de um coração arrependido e contrito. Este avivamento não provocou apenas movimentos, cânticos e celebrações festivas, mas, principalmente, arrependimento e confissão de pecados. Pecado e alegria são coisas incompatíveis; não há espaço para a alegria enquanto o pecado não confessado reside no coração do discípulo de Cristo – Salmo 32;3,4.

6.2 Separação de tudo aquilo que Deus condena

            Os sinais do arrependimento também foram acompanhados de atitudes concretas. O povo de Israel tomou decisões firmes e de grande significado espiritual. Na verdade, o avivamento produzido pela Palavra de Deus sempre vem acompanhado de atitudes que o refletem – e é isto o que Deus espera de nós – Pv 28:13. O texto informa que “os descendentes de Israel se separaram de todos os estrangeiros” (v. 2, BV). Não se trata de alienação, de viver sem contato ou sem se relacionar com pessoas que ainda não são discípulos do Senhor, como muitos assim pensam. Havia mandamento do Senhor quanto a isso: “Não andeis nos costumes da gente que eu lanço de diante de vós” – Lv 20:23. Os estrangeiros aos quais o texto faz menção são os cananeus, um povo envolvido com todo tipo de idolatria e práticas pecaminosas, e com quem o povo de Israel se misturara desde a saída do Egito, por meio de casamentos mistos. Essa mistura levou o povo de Israel à idolatria. Esta mistura ainda se observava nos dias de Neemias.

            Assim, quando o avivamento chegou, o povo apartou-se dos povos estranhos, das suas práticas e de seus deuses. Tomaram essa decisão porque lhes fora ensinado por meio da leitura e explicação da Palavra de Deus que tal prática era abominação ao Senhor. Como podemos, hoje, conviver com pessoas que não temem a Deus e evitar as práticas e os costumes que podem nos afastar do Senhor? Veja 1 Co 5:9,10, Rm 12:1,2, Tg 4:4, 1 Jo 2:15-17.

6.3 Confissão de pecados

            O povo também dedicou algum tempo à confissão de seus pecados e buscou o perdão do Senhor (v. 2). A comemoração anual do Dia da Expiação já havia passado, mas os adoradores sabiam que precisavam ser constantemente purificados e renovados pelo Senhor. Um elemento fundamental no processo de arrependimento é a confissão de pecados. Não se trata apenas de um reconhecimento superficial de culpa, mas sim de expor o pecado, sem reservas. É admitir para si mesmo seus erros e procurar corrigi-los (quando possível). Um bom exemplo é a confissão do Rei Davi: “Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri minhas culpas” – Sl 32:5 (NVI). Confessar é declarar-se culpado diante de Deus. O povo estava agora assumindo diante de Deus que havia pecado, e eles não só confessaram suas culpas, mas também a de seus antepassados; ou seja, reconheceram que estavam repetindo os mesmos pecados cometidos por seus pais. E decidiram abandonar esses pecados.


6.4 Valorização da Palavra de Deus   

            Neemias diz que o culto que aconteceu no dia 24 daquele mês foi diferente e especial: houve três horas de pregação e três horas de oração de confissão (v. 3). O reconhecimento da culpa e a consequente confissão só se tornaram possíveis depois que ouviram e refletiram sobre a Palavra de Deus. Esta tem sido, ao longo do tempo, a responsável pelos mais notáveis despertamentos espirituais. Se quisermos experimentar um verdadeiro avivamento espiritual, precisamos começar por dar primazia à Palavra de Deus em nossa igreja, em nossa célula, em nossa família e em nossa vida. O conhecimento das Escrituras provocou um claro entendimento da ação de Deus na História. Deus está ativo na história do seu povo e na história das nações – e quer, também, agir na nossa história, seja como indivíduos, seja como nação.

Considerações Finais

            Chegamos ao fim da nossa jornada, o tema abordado não se resume apenas nas poucas linhas deste estudo. Avivamento hoje, é uma necessidade urgente, contudo, observamos que boa parte daquilo que precisamos depende de nós mesmos por isso vale a pena lembrar do que as Escrituras Sagradas nos ensinam: 2 Crônicas 7:14 está escrito: “...se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. Que Deus nos ajude a alcançar esse tão sonhado avivamento no século XXI. Você está disposto a entrar nesta luta?

Esta apostila foi escrita por: Ev. Marcos Moraes de Paula Marcos (2023).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BÍBLIA. Bíblia de Estudos Pentecostal. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1998. Edição revista e corrigida.

BÍBLIA. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995: Edição revista e atualizada no Brasil.

BÍBLIA. Bíblia de Estudo NVI. São Paulo: Editora Vida Nova 2003.

BÍBLIA. Bíblia King James Atualizada: São Paulo: Editora Abba Press 2017.

Bíblia com comentários de Antonio Gilberto. Rio de Janeiro: CPAD, 2021,

pp.1155-6.

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos Bíblicos de um autêntico Avivamento, Rio de Janeiro. Ed. CPAD 2004.

BOYER, Orlando. Heróis da Fé. Vinte homens extraordinários que incendiaram o mundo. Rio de Janeiro. Ed. CPAD 2002.

DAVIDSON, J. Novo Comentário da Bíblia, São Paulo. Ed. Vida Nova 1997.

DOUGLAS, J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo. Ed. Vida Nova 1995.

JONES, d. Martyn Lloyd. Avivamento. São Paulo. Ed. PES 1993.

LOPES, Hernandes Dias. Pentecostes: o fogo que não se apaga. São Paulo. Ed. Candeia 1999.

NICODEMUS, Augustus. Avivamento: Obra extraordinária de Deus. Rio de Janeiro. Ed. GodBooks 2022.

RAVENHILL, Leonardo. Por que Tarda o pleno Avivamento? Belo Horizonte – MG. Ed. Betânia 1989.

RAVENHILL, Leonardo. Avivamento à Maneira de Deus: Uma mensagem Urgente para a igreja. São Paulo. Ed. The Way Books 2010.

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: o chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro. Ed. CPAD 2023.

STOTT, John. Batismo e Plenitude do Espírito Santo. O mover sobrenatural de Deus. São Paulo. Ed. Vida Nova 2004.

Referências Eletrônicas

https://estudos.gospelmais.com.br/o-avivamento-da-rua-azusa.html.  Acesso em 10/03/2023.

https://revistaimpacto.com.br/avivamentos-que-marcaram-a-historia/. Acesso em 10/03/2023.  

https://www.cnbb.org.br/cristaos-no-mundo-7-bilhoes-de-pessoa-dizem-professar-a-fe-crista-segundo-instituto-de-pesquisa-pew-research/. Acesso em 10/03/2023.

https://ibad.com.br/blog/conheca-5-grandes-mulheres-da-biblia/. Acesso em 11/03/2023.

https://blog.atos6.com/2021/06/11/7-pastores-que-marcaram-a-historia-da-igreja/. Acesso em 11/03/2023.

https://revistaimpacto.com.br/avivamento-coletivo-como-acontece/. Acesso em 11/03/2023.     

            

SOLI DEO GLORIA!

AVIVAMENTO ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO EF. 5.18 PARTE 5


 5. A IMPORTÂNCIA DO AVIVAMENTO ESPIRITUAL

            O Pentecoste aconteceu no momento em congregação de 120 pessoas que estava unida, coesa, unânime, perseverando na busca do mesmo objetivo (At 1.14; 2.1), obedecendo a ordem do Senhor Jesus “Ficai em Jerusalém”. Contudo, todos eles estavam em unidade de propósitos. Infelizmente, atualmente encontramos muito ajuntamento, porém, pouca comunhão; há orações, mas pouca concordância; pouco quebrantamento; muito movimento, mas pouca adoração; muita agitação, mas pouco louvor; muita eloquência, mas pouca unção; muitos buscam o derramamento do Espírito, enquanto outros ficam assistindo pra ver o que vai acontecer.

5.1 Na experiência pessoal

            Em tópicos anteriores, tratamos sobre o avivamento individual como o início para um despertar pessoal que tem como resultado o avivamento coletivo, agora vamos falar acerca da importância do Avivamento como uma experiência pessoal. A partir da experiência do Pentecostes, podemos aprender algumas verdades importantes para nossa realidade ainda hoje. Lopes, (1999) p. 28 destaca sobre a experiência pessoal com o Espírito Santo: “Aqueles discípulos já eram regenerados e salvos. Por três vezes, Jesus deixou isso muito claro (Jo 13.10; 15.3; 17.12). Portanto, eles já possuíam o Espírito Santo, pois, "se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele" (Rm 8.9). Jesus disse a Nicodemos que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus (Jo 3.5). Além disso, Jesus já havia soprado sobre os onze, dizendo-lhes: "Recebei o Espírito Santo" (Jo 20.22).

Mas, a despeito de já serem salvos, terem o selo do Espírito e receberem o sopro do Espírito, eles ainda não estavam cheios (revestidos) do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito residente; outra é tê-lo presidente, ou seja, presidindo nossa vida. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito; outra é ser cheio do Espírito. Você, que tem o Espírito Santo, já está cheio dele? Sua vida é controlada por ele? O fruto do Espírito pode ser visto na sua vida? A unção do Espírito está sobre a sua cabeça? O poder do Espírito está sobre você? Quando você abre os lábios, a Palavra de Deus é verdade na sua boca?

A história do missionário John Hyde nos ilustra bem quanto ao ser cheio do Espírito. Quando o missionário John Hyde estava indo para a índia, recebeu um telegrama a bordo do navio. Abriu-o sofregamente. Havia uma pergunta lacônica e perturbadora: "John Hyde, você está cheio do Espírito Santo?". Ele ficou irritado com a petulância e audácia da pergunta. Amarrotou o telegrama, enfiou-o no bolso e tentou escapar da intrigante pergunta. Procurou justificar para si mesmo que a pergunta não tinha razão de ser visto que ele estava indo para um campo missionário, abrindo mão de tantas regalias, a fim de embrenhar-se em terras longínquas e obscuras. Todavia, ao entrar em seu aposento, o dedo de Deus o tocou e a pergunta começou a arder em seu coração: "John Hyde, você está cheio do Espírito Santo?". Foi então que ele caiu de joelhos, em lágrimas, e clamou a Deus por um derramamento do Espírito em sua vida. Ele foi profundamente influenciado por esta oração. Experimentou algo especial da parte de Deus. Ao chegar à índia, em apenas três anos viu mais de mil pessoas rendendo-se a Cristo através do seu ministério. A experiência do enchimento do Espírito Santo é pessoal (At 2.3,4). O Espírito Santo desce sobre cada um individualmente. Cada um vive a sua própria experiência. Ninguém precisa pedir, como as virgens néscias, azeite emprestado. Todos poderão ser cheios do Espírito basta querer e buscar de todo coração.

5. 2 Para uma vida de Santidade

            Pedro e João disseram ao paralítico em Jerusalém: "Olha para nós..." (At 3.4). Esta é uma afirmação ousada, audaciosa. Só quem anda com Jesus, quem é revestido com o poder do Espírito, pode ter tamanha intrepidez. Hoje assistimos a um hiato, um abismo, um divórcio entre o que as pessoas falam e o que elas fazem. Vemos gente santarrona falando belas palavras para a igreja e vivendo em práticas pecaminosas abomináveis no secreto. Vemos líderes que cobram de seus uma vida santa e vivem sua intimidade regaladamente no pecado. Vemos líderes que tratam a igreja com rigor e dureza, mas cultivam a devassidão moral na vida privada. Vemos obreiros zelosos, atentos aos mínimos detalhes da lei, mas condescendentes com o pecado na vida particular.

A igreja precisa pregar não apenas aos ouvidos, mas também aos olhos. Precisa não apenas proferir belos discursos, mas também viver em santidade. Não basta que as pessoas ouçam de nós belos sermões, elas precisam ver vida santa. O diácono Filipe, ao chegar à cidade de Samaria, viu ali um grande avivamento, e as multidões atendiam, unânimes, às coisas que ele dizia. Mas por quê? Qual era a razão da eficácia do ministério de Filipe? É que Filipe falava e fazia. Ele pregava e demonstrava. Ele pregava aos ouvidos e também aos olhos (At 8.6)

5.3 Para ser um perdoador

            Havia uma rivalidade histórica entre judeus e samaritanos. Inimigos irreconciliáveis, eles não se toleravam. Os judeus consideravam os samaritanos combustível para o fogo do inferno. Se uma jovem judia se casasse com um jovem samaritano, a família oficiava simbolicamente o seu funeral. Um judeu não podia comer pão na casa de um samaritano, pois o pão do samaritano era considerado imundo. A hostilidade entre eles era profunda. Pelo fato de Jesus não ter sido bem recebido em Samaria, Tiago e João, os filhos do trovão, quiseram que fogo do céu caísse sobre a cidade para destruir os seus desafetos. A mulher samaritana fez questão de relembrar a Jesus que um judeu não deve pedir um favor a um samaritano, muito menos um samaritano ajudar a um judeu. Quando Neemias, após os 70 anos de cativeiro babilônico, retornou a Jerusalém para reconstruir os muros da cidade, os samaritanos tentaram de diversas formas impedir a sua reconstrução. Era o ódio que aflorava. Eram os ranços de um passado mal resolvido. As feridas abertas ainda não haviam sido curadas. Os ressentimentos históricos fervilhavam como as lavas de um vulcão em erupção.

            Jesus já havia quebrado a barreira da inimizade passando por Samaria na itinerância do seu ministério. Ele rompeu com todos os preconceitos que separavam esses dois povos pelo muro da inimizade. Agora, ao fazer a promessa do derramamento do Espírito, diz que a igreja receberia poder para testemunhar também em Samaria. Talvez fosse o último lugar a que um judeu gostaria de ir. Talvez fosse a última escolha para uma empreitada missionária. Mas, onde chega o Pentecoste, as barreiras do ódio são desfeitas. Onde o Evangelho prevalece, acabam-se as guerras frias, curam-se as feridas, restauram-se as relações quebradas e estabelece-se a comunhão. Quem não ama a seu irmão não pode amar a Deus. Por isso, quem não perdoa não pode ser perdoado. Mas onde prevalece o amor, reina o perdão. O amor é um remédio infalível para curar as feridas da mágoa. O amor cobre multidão de pecados. Precisamos, portanto, de poder para amar. Precisamos do Pentecoste para perdoar!

5. 4 Para falar de Cristo com intrepidez

            No livro de Atos, sempre que os apóstolos e demais crentes eram cheios do Espírito, pregavam o Evangelho com intrepidez. Eles buscavam poder não para impressionar as pessoas com milagres, mas, para pregar a Palavra com unção. Em Atos 1.8, eles receberiam poder para testemunhar. Em Atos 2.4,11, ao serem cheios, começaram a falar e falar das grandezas de Deus. Em Atos 2.14, ao ser cheio do Espírito, Pedro levantou-se para pregar, e seu poderoso sermão cristocêntrico produziu tamanho impacto na multidão que o ouvia, que quase 3 mil pessoas se converteram (At 2.41). Em Atos 4.8, Pedro novamente é cheio do Espírito e abre a boca para falar de Jesus às autoridades religiosas de Jerusalém.

            Sem poder não há pregação. Esse é o testemunho do apóstolo Paulo à igreja de Tessalônica: "Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção..." (I Ts 1.5). De igual forma, o apóstolo fala à igreja de Corinto: "A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana; e, sim, no poder de Deus" (I Co 2.4-5).

            Quando Jesus ressuscitou dentre os mortos, passou 40 dias com os discípulos falando sobre o Reino de Deus, e o Reino de Deus não consiste em palavra, mas em poder (I Co 4.20). Foi esse sentimento que levou Billy Graham, o maior evangelista deste século, a dizer: "Se Deus tirar a sua mão da minha vida, estes lábios se tornarão lábios de barro" Hoje gastamos mais tempo preocupados em preparar a mensagem, fazer pesquisas, ler comentários e buscar a exegese para os termos a partir das línguas originais. Tudo isso é muito importante. Mas não pode parar aí. Deus não unge estruturas literárias. Deus não unge simplesmente a mensagem, mas sobretudo o pregador.

Obs. Este tópico foi escrito fazendo uma adaptação do livro Pentecoste “o fogo que não se apaga, da editora Candeia 1999, escrito por Hernandes Dias Lopes.

Segue na próxima postagem.

AVIVAMENTO ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO EF. 5.18 PARTE 4


 4. TIPOS DE AVIVAMENTO

4.1 Avivamento Individual

         O que Deus pode fazer através de um homem ou o que Deus pode fazer através de uma mulher? Temos na história bíblica, bem como na história da igreja grandes homens e mulheres que foram poderosamente usados por Deus e que provocaram verdadeiros avivamentos em seu tempo. Um homem ou uma mulher cheia do Espírito Santo pode incendiar um bairro, uma cidade, um estado e até mesmo um país. O avivamento dificilmente tem início com uma multidão, ele sempre começa com um, depois com um pequeno grupo e a partir daí o fogo se alastra para grandes multidões. O que gostaria que compreendêssemos é que se quisermos vivenciar um avivamento em pleno século XXI é preciso que cada um daqueles que o desejem comece a busca-lo individualmente, pois uma brasa acessa junto a outra com certeza em breve terá início uma grande fogueira. O problema é quando ficamos esperando pelo outro, não, não comece buscar você e será através de você que o avivamento pode eclodir.

            Vejamos algumas mulheres que foram grandemente usadas por Deus. Débora foi uma juíza e profetisa de Israel que liderou seu povo em uma guerra contra Sísera, comandante dos cananeus. Mesmo sendo uma juíza comum e sem filiação militar, ela foi capaz de resolver o problema da fragmentação das tribos de Israel e foi liderá-los em batalha, para que recuperassem sua fidelidade à obra do Senhor. A juíza Débora se tornou muito respeitada na época e foi considerada a “mãe de Israel” (Jz 5:7), mantendo a paz entre o Povo de Israel por mais 40 anos.

Maria foi a mulher escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus, o Salvador. Ela nasceu em Nazaré, na Galileia e era noiva do carpinteiro José quando o anjo Gabriel veio ao seu encontro para lhe dizer que ela seria a mãe do Messias. Mesmo com a possibilidade de ser acusada de adultério pela sociedade da época, Maria aceitou com humildade a responsabilidade de conceber o filho de Deus (Lucas 1:35-37). Ela foi uma mulher temente a Deus e esteve ao lado de Jesus até a crucificação. Mesmo que Maria soubesse da profecia da morte de seu filho, ela nunca perdeu sua fé e acompanhou seu filho em sua jornada.

Maria Madalena foi uma das seguidoras mais fiéis de Jesus. Depois que o Cristo a curou de seus demônios, ela se aventurou ao lado dele em seu ministério, atendendo às necessidades dele e encorajando os discípulos, eventualmente dando testemunho de sua crucificação e sepultamento. Três dias depois, ela seria a primeira testemunha do túmulo vazio de Cristo e uma das principais testemunhas oculares críticas de sua ressurreição. Sua história pode ser lida nas passagens de Lucas 8:2; Lucas 11:26; Marcos 16:9. E também em Mateus 27:56; Marcos 15:40; Lucas 23:49; João 19:25[1]. Como podemos perceber, essas são algumas das mulheres de destaque nas Escrituras mulheres que não temeram, mulheres que creram e fizeram a diferença na sua época, será que tudo que fizeram e foram foi somente pela força natural? Não todas elas também tiveram a presença do Espírito de Deus que as ajudaram cumprir o propósito de Deus em sua vida.

Quero trazer como exemplo de homens usados por Deus cheios do Espírito apenas três nomes que marcaram a história. Charles Spurgeon foi um pastor, pregador, evangelista e escritor que viveu no século 19 e impactou o seu tempo. Aliás, esse homem de Deus continua impactando pessoas até os dias de hoje através de seus sermões e obras. Charles começou seu ministério muito cedo, já aos 16 anos de idade – 1 ano após a sua conversão – Spurgeon pregou seu primeiro sermão. No ano seguinte, foi chamado para tornar-se pastor de uma igreja batista na cidade de Waterbeach, na Inglaterra.

Com vinte anos, tornou-se pastor da capela batista de New Park Street, Londres, que posteriormente se tornou o Tabernáculo Metropolitano, uma igreja muito grande. Aos 50 anos de idade, Spurgeon já havia fundado cerca de 66 instituições, sendo elas igrejas, escolas, seminários, orfanatos, escolas de pastores e revistas. Dedicou 40 anos de sua vida para o ministério, no qual publicou 3561 sermões e 135 livros. Foi exemplo na conduta do estudo da palavra, da oração e do temor a Deus. Hoje em dia, é comumente chamado de “O príncipe dos pregadores”.

Billy Graham foi pastor, evangelista, pregador e um dos maiores avivalistas que passaram pela história. Certamente um dos pastores que marcaram a história da Igreja. Conhecido por seus sermões diretos e acessíveis do Evangelho, Billy pregou para uma audiência coletiva de quase 2,5 milhões de pessoas em audiências ao vivo em 185 países e territórios em seis continentes. Além disso, foi conselheiro de diversos presidentes dos Estados Unidos, tais como John F. Kennedy, Richard Nixon, Ronald Reagan e Bill Clinton, sendo chamado, inclusive, de “o pastor da América”, pelos ex-presidentes. Foi exemplo de conduta, submissão e dedicação completa ao Evangelho. Em suas próprias palavras: “Alguns cristãos aprenderam muito pouco sobre o que é ter uma vida devocional diária. Algum tempo atrás, um policial me perguntou qual era o segredo para ter uma vida vitoriosa. Eu lhe disse que não há fórmula mágica que possa articular isso. Mas se houvesse uma palavra que pudesse descrever a vida vitoriosa, eu diria que é a submissão. A segunda palavra que eu usaria é devoção. Nada pode substituir a vida devocional diária com Cristo. “Dobre seus joelhos e ore até que você e Deus se tornem amigos íntimos” ‘– Billy Graham

Por fim, David Yonggi Cho é um pastor e ministro coreano e líder da maior igreja evangélica do mundo (Igreja do Evangelho Pleno, localizada em Yoido), ligada à Associação Mundial das Assembleias de Deus, que conta com 800 mil membros. Cho implantou a estratégia de evangelismo de reuniões eclesiásticas nas casas dos membros, o que fez com que a igreja crescesse bastante. Além disso, sua igreja sustenta cerca de 500 missionários e possui ainda outras igrejas espalhadas pelo mundo, em diversos países. É internacionalmente conhecido por seu exemplo de perseverança e trabalho na obra do Senhor, sempre priorizando a oração e os cultos nos lares como pilares para o crescimento da sua igreja. Um pastor extremamente notável e que certamente é um dos pastores que marcaram a história da Igreja[2]. Estes são apenas alguns exemplos, temos milhares de outros exemplos de homens e mulheres que foram usados por Deus de forma maravilhosa e sobrenatural. Agora eu te pergunto como você quer ser lembrado ou lembrada no futuro?  Saiba que ainda há tempo de você marcar a sua história nesta terra como homem de Deus e mulher de Deus. Está disposto a pagar o preço?

O pastor Nicodemus (2022) p. 64 apresenta a questão do avivamento individual da seguinte forma: “O avivamento individual nada mais é que a manifestação da vida do Cristo ressurreto em uma pessoa, o que só é possível mediante a mortificação do pecado e a consciência de que se está andando pela graça e não debaixo da lei. Temos como componente do avivamento bíblico a ação do Espírito Santo na vida do cristão, que faz com que tais fenômenos se tornem realidade, uma vez que é ele quem nos capacita diariamente”. Vejam, o avivamento tem como cerne a ação sobrenatural do Espírito Santo, Deus em sua soberania e conhecendo ao homem que criou, na nova aliança deu-nos como dádiva a presença de si mesmo em nós, uma vez que Ele o Espírito Santo é Deus e fez de nós templo do seu Espírito (cf. 1 Co. 6. 19; 3. 16), “Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?  “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito Santo de Deus Habita em vós?”.

A vida no Espírito é retratada em Romanos de forma clara objetiva e nos ensina realmente a identificarmos nossa posição e como estamos. Nicodemus ainda esclarece: “Romanos 8 trata da vida no Espírito, em contraste com o capítulo 7, que relata a experiência de agonia, fracasso e derrota decorrente da corrupção do coração humano e sua impotência em resolver o seu estado espiritual diante de Deus. E é essa condição da humanidade que torna o avivamento uma necessidade tão premente. Quando o ser humano está debaixo do domínio de Deus, em certa medida ele sabe, almeja e deseja a graça, mas não consegue obedecer ao que Deus determina. Assim, acaba bradando: “Como sou miserável! Quem me libertará deste corpo mortal dominado pelo pecado?” (Rm 7.24). É nesse contexto que Paulo introduz a pessoa e a obra de Cristo, descrevendo as operações e atividades do Espírito Santo naquele que está em Jesus. Oh Aleluia! Como é bom estarmos em Cristo e Cristo em mim!

Diante de tudo isto, a pergunta é se é assim porque estamos tão letárgicos? A resposta é clara e triste, estamos entristecendo ao Espírito Santo, talvez com pecados omitidos, desinteresse pelas coisas sagradas, pecados de omissão enfim são muitas as possibilidades, porém, Deus está sempre disposto a nos perdoar e nos renovar, que tal experimentarmos isso? Você quer? 



[2] https://blog.atos6.com/2021/06/11/7-pastores-que-marcaram-a-historia-da-igreja/. Acesso em 11/03/2023.

4.2 Avivamento coletivo

            Que Deus quer que nós individualmente sejamos avivados, isto é uma verdade, que cada um dará conta de si mesmo, verdade, que o pai não levará o pecado do filho e vice-versa, verdade, que cada um receberá o seu próprio galardão é verdade, entretanto, Paulo no livro de 1 aos Coríntios 12. A partir do verso 12, ele trata da unidade dos membros do corpo místico de Cristo que é a igreja, em Efésios 4. 1 – 7, trata da unidade da fé. O que quero dizer é que quando se trata de renovação e despertamento o alvo tem que ser toda a igreja não apenas alguns membros dela. A história nos conta vários episódios em que o avivamento teve início com uma pessoa ou grupo pequeno, mas que depois inflamou toda a igreja coletivamente.  A algum tempo atrás li um artigo muito interessante sobre Avivamento coletivo e quero compartilhar com a igreja, pois aprendemos coisas importantes sobre este tema, apesar de ser um artigo de 2012 sua atualidade no ensino ainda se torna relevante.

            1 Samuel, diz que depois da casa de Israel ter suspirado pelo Senhor durante vinte anos, “falou Samuel a toda a casa de Israel…” (1 Sm 7.3). Observemos o caráter coletivo do que estava acontecendo. Renovação e despertamento individuais nunca substituirão avivamento e arrependimento coletivos. Somos um povo de aliança; somos um povo que forma um só corpo; somos um povo que pertence a Deus e uns aos outros. Vemos isto em toda a Bíblia, inclusive no Pentecostes. O Pentecostes não aconteceu apenas a indivíduos. Veio para toda a igreja. A congregação se reuniu com um coração e uma alma. É assim que Deus age.

            Por isto Samuel falou a toda a casa de Israel. E a passagem continua mostrando como Samuel ordenou que o povo voltasse ao Senhor, deixasse todos os outros deuses, e se arrependesse como um só povo diante de Deus. Diz também que os filisteus subiram para lutar contra Israel, e que Israel ficou com medo. É uma boa ideia, quando os filisteus se reúnem contra nós, que declaremos juntos: “Temos pecado”. Não digamos que Brasília está em pecado, nem que Hollywood está em pecado, ou que os homossexuais estão pecando. O povo de Deus precisa clamar em uníssono: “Nós temos pecado contra Deus!”

Deixe a santa presença de Deus mostrar o que o tem ofendido tanto. Fique lá até que Deus fale. Não diga simplesmente: “Deus quer que confessemos que pecamos. Não sabemos onde erramos, mas é a coisa ‘evangélica’ para se fazer, então vamos chegar e orar: ‘Senhor, pecamos contra ti’.”    Deus diz: “Agora comece a enumerar seus pecados”. “Senhor, não sei se cometi algum pecado.” “Bem”, ele diz, “então fique aqui até que eu lhe diga o que fez/03/2023. E quando eu terminar, você saberá que pecou e saberá a relação entre a condição da sua terra e o pecado do povo de Deus.” Pois a condição da nação depende diretamente do relacionamento do povo de Deus com Deus[1].

E nós? Como estamos? Será que temos percebido o quanto as vezes estamos tão distantes uns dos outros, você pode não concordar comigo, mas uns dos problemas que as igrejas do século XXI é que estamos muitos distanciado uns dos outros, Paulo enfrentou este problema na igreja de Coríntios.

“Com leite vos criei e não com manjares, porque ainda não podeis, nem tampouco ainda agora podeis; porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais e não andais segundo os homens? Porque dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro; eu sou de Apolo; porventura não sois carnais? I Co. 3. 2 – 4 ARC.

O quero dizer que será que muitas vezes o avivamento não vem por conta da nossa individualidade? As vezes escolhemos quem queremos ouvir pregar, cantar, ensinar, ser mais próximo, não! Igreja precisamos ser todos num só corpo, é claro que Deus vai usar cada um conforme a sua vontade. Uma coisa que eu sempre ensino para os meus alunos: sempre vai existir alguém que prega melhor do que nós, sempre vai existir alguém que canta melhor do que nós, sempre vai existir alguém que ensina melhor do que nós e por aí vai. O grande segredo é sempre nos alegrar quando Deus usa o nosso irmão ou irmã de forma sobrenatural por que hoje pode ser ele amanhã com certeza vai ser você. Devemos buscar o avivamento de forma coletiva, só assim poderemos causar um impacto na nossa sociedade e o nome do Senhor Jesus ser glorificado, está disposto? Então perdoe mais, ore mais, tenha mais comunhão com toda a igreja, ame seu pastor esteja sempre no apoio, não se isole, mas tenha sempre bons relacionamentos. E se alguém lhe resistir fique tranquilo e siga o conselho de Paulo “Se for possível, quando estiver em vós, tende paz com todos os homens” Rom. 12.18.



[1] https://revistaimpacto.com.br/avivamento-coletivo-como-acontece/. Acesso em 11/03/2023.


Segue na próxima postagem.

AVIVAMENTO ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO EF. 5.18 PARTE 3


 3. AS MARCAS DE UM VERDADEIRO AVIVAMENTO

 

3.1 Avivamento e os dons espirituais

            Quando pensamos em dons espirituais, uma das primeiras perguntas é; para que servem os dons espirituais na igreja?  Os dons espirituais têm diversos propósitos. Deus os concede para fortalecer Sua igreja a fim de cumprir Seu ministério de levar o Evangelho a toda criatura, podemos também perceber que os dons serviram de imediato para trazer encorajamento na vida dos crentes, percebemos isto já claramente no dia de pentecostes pela intrepidez de Pedro, bem como nos fatos seguintes (cf. At. 2. 14 – 36; 3. 1 – 26; 4. 1 -31).  Ali aquelas pessoas que estavam em Jerusalém por conta das festas judaicas foram cheias do Espírito Santo para expandir a igreja de forma que a partir daquele dia, a igreja iniciou Sua missão no mundo e até hoje aproximadamente dois mil anos depois a igreja ainda é convocada a continuar a incendiar o mundo com a pregação do Evangelho, mas para isso precisamos continuar cheios (plenos) do Espírito Santo.

            Em Jo. 16. 14, quando Jesus promete aos seus discípulos que Ele enviaria o Seu Espírito para habitar neles, disse-lhe: “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar”, ou seja, em outras palavras, o Espírito Santo revelaria Cristo ao mundo. Uma das maneiras dEle fazer isto é mostrar ao mundo o que Deus pode fazer, e isto é feito pelos dons do Espírito. Neste ponto, é bom lembrar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm os atributos da onisciência, da onipotência, e da onipresença. Todos estes atributos são revelados nas manifestações do Espírito alistadas em 1 Coríntios 12. 8 – 10. As manifestações sobrenaturais do Espírito Santo testificam que Deus vive e que zela pelas necessidades das pessoas. Os dons do Espírito foram dados à igreja para edificar a igreja e glorificar a Cristo. Não vamos discorrer sobre cada um dos dons espirituais apenas no mandamento de ser cheio do Espírito, porém antes queremos de forma sintética falar sobre a diferença entre batismo e plenitude do Espírito.

            É importante salientar neste momento, a diferença entre batismo e plenitude do Espírito Santo, até porque muitos não conseguem discernir. O batismo acontece na vida do crente apenas uma vez, porém a plenitude deve ser permanente, Stott, (2004), p. 35 declara: “O batismo é uma experiência inicial única; a plenitude Deus queria que fosse contínua, o resultado permanente, a norma. Como acontecimento inicial, o batismo não pode ser repetido nem pode ser perdido, mas o ato de ser enchido pode ser repetido e, no mínimo, precisa ser conservado. Quando a plenitude não é conservada, ela se perde. Se foi perdida, pode ser recuperada. O Espírito Santo pode ser entristecido, pelo pecado (cf. Ef. 4.30) e deixa de dominar o pecador. Neste caso o único meio de recuperar a plenitude é o arrependimento”.

            Diversos textos do Novo Testamento, falam de pessoas que são enchidas ou cheias do Espírito Santo, isto nos aponta pelo menos para três grupos de pessoas. Primeiro, fica implícito que ser cheio ou enchido era uma característica normal em cada cristão dedicado. Vemos isto na escolha dos sete diáconos (cf. At. 63,5), outro exemplo é Barnabé que é descrito como homem cheio do Espírito (cf. 11.24). Segundo, às vezes pode indicar uma capacitação para um ministério ou cargo especial. Assim, João Batista seria cheio do Espírito Santo, já do ventre materno, aparentemente como preparo para o seu ministério profético (Lc. 1. 15-17). Terceiro, há ocasiões em que a plenitude do Espírito foi concedida para equipar não tanto para um cargo vitalício (como apóstolo ou profeta, por exemplo), mas para uma tarefa imediata, especialmente numa emergência. Zacarias foi cheiro antes de profetizar mesmo sendo o seu ofício de sacerdote e não de profeta.

            Todas as sete referências ao batismo com o Espírito Santo no Novo Testamento estão no indicativo, e no aoristo, no presente ou no futuro, nenhuma delas é uma exortação, no imperativo. Porém, o fato de que há estas referências à plenitude do Espírito, descrevendo como alguns cristãos foram novamente preenchidos e ordenando a todos os crentes que se deixem encher sempre de novo, mostra que infelizmente é possível que cristãos, que já foram batizados com o Espírito, deixem de ser cheios do Espírito.

            Os cristãos de Corinto constituem uma advertência solene para nós neste assunto. Em sua primeira carta Paulo lhes escreve, transparece que todos eles tenham sido batizados com o Espírito Santo (12.13). Também tinham sido enriquecidos com todos os dons espirituais (1. 4 -7). Mesmo assim o apóstolo os chama de pessoas não espirituais, ou seja, não cheias do Espírito. Ele deixa claro que a evidência da plenitude do Espírito não é a prática dos seus dons (eles tinham muitos), mas a produção de seu fruto, isso lhes faltava. Ele escreve que não podia chama-los de pneumatikoi, cristão “espirituais”, mas somente de sarkinoi ou sarkikoi, cristãos “carnais” quem sabe bebês em Cristo. Sua carnalidade ou imaturidade era tanto intelectual como moral. Ela revelava-se em sua compreensão infantil, por um lado, e em sua inveja e competição, por outro (1 Co. 3. 1 – 4). Eles tinham sido batizados com o Espírito Santo, ricamente DOTADOS PELO Espírito, mas não estavam cheios com o Espírito Santo.  

           O que quero chamar sua atenção, é que não basta ser batizado com o Espírito Santo é preciso manter a plenitude do Espírito (ser cheio), pois, somente assim seremos verdadeiramente avivados o suficiente para produzir frutos de santificação, bem como frutos da missão. Ser apenas batizado com o Espírito não dá conta, uma vez que podemos ser batizados, porém não produzir nenhum tipo de fruto. Portanto, diante das descrições de pessoas cheias do Espírito, seja como experiência constante, seja com um propósito específico, a ordem em Efésios 5.18 é "enchei-vos do Espírito", ou seja todos os cristãos são chamados, ou melhor, a estarem sempre sendo enchidos (é um imperativo presente contínuo, na voz passiva)com o Espírito Santo.

3.2 Avivamento e o mandamento para sermos cheios do Espírito Santo

 

            “Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito” Ef. 5. 18 NVI.

           

            Chegamos ao ponto central da nossa discussão, vamos compreender este mandamento “Enchei-vos”, vamos observar quatro aspectos desse verbo. Primeiramente, ele está no modo imperativo. Enchei-vos não é uma sugestão que pode ser ou não ser experimentada, uma recomendação branda, uma advertência educada. É uma ordem que Cristo nos dá, com toda sua autoridade. Não temos nem um pouco mais de liberdade para escapar desta obrigação do que temos das obrigações éticas que formam o contexto, isto é falar a verdade, trabalhar honestamente, ser gentil e perdoar uns aos outros, ou viver em amor. A plenitude do Espírito não é opcional, mas obrigatória para todo cristão.  

            Em segundo lugar, ele está no plural. O mesmo ocorre com o verbo anterior, “não vos embriagueis com vinho”. Os dois imperativos de Efésios 5.18, tanto a proibição quanto a ordem, são escritos para toda a comunidade cristã. Eles têm aplicação universal. Nenhum de nós deve embriagar-se; todos devemos ser cheios do Espírito. Enfaticamente, a plenitude do Espírito Santo não é um privilégio reservado para alguns, mas uma obrigação de todos.

            Em terceiro lugar, o verbo está na voz passiva: “Sede enchidos”. Uma outra tradução seria: “Deixai-vos encher pelo Espírito”. Uma condição importante para gozar da sua plenitude é entregar-se a ele sem reservas. Mesmo assim, não devemos pensar que somos apenas agentes passivos ao recebermos a plenitude do Espírito, assim como quando alguém fica bêbado. Torna-se bêbado bebendo; ficamos cheios do Espírito também bebendo, como o Senhor Jesus disse em Jo.7. 37.

            Em quarto lugar, o verbo está no tempo presente. É bem sabido que, na língua grega, se o imperativo está no aoristo, ele se refere a uma ação única; se está no presente, a uma ação contínua. Assim, quando no casamento em Caná, Jesus disse: “Enchei d’água as talhas (cf. Jo.2.7), o imperativo aoristo mostra que ele queria que fizessem somente uma vez. O imperativo presente “sede enchidos com o Espírito”, por sua vez não indica alguma experiência dramática ou determinante, que resolve o problema para o bem, porém uma apropriação contínua.    

            Ainda no livro de Efésios, temos uma passagem que nos ensina algumas verdades importantes. É interessante que até mesmo nas orações Deus usava o apóstolo Paulo para nos trazer importantes verdades:

Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito (ou talvez Espírito”) de sabedoria e de revelação do pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos, e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos...” Ef. 1.17-19 ARA.

            Esta passagem desenvolve os estágios do crescimento espiritual. Os que “creem” experimentam a plenitude do poder de Deus. Porém, primeiro precisamos “conhecer” sua grandeza, e para isso, carecemos que o Espírito Santo ilumine os olhos do nosso coração. Portanto, a sequência é esta: iluminação, conhecimento, fé, experiência. Conhecemos com a iluminação, e pela fé passamos a gozar o que conhecemos. Nossa experiência de fé, portanto, está amplamente condicionada pelo nosso conhecimento de coração. Além disto, sabemos, maior se torna nossa capacidade espiritual, bem como nossa responsabilidade de exigir pela fé a nossa herança. Por isso, quando alguém acaba de nascer do Espírito, sua compreensão do plano de Deus para si geralmente é muito limitada, e sua experiência é proporcionalmente limitada. Todavia, à medida que o Espírito Santo ilumina os olhos do seu coração, diante dele abrem-se novos horizontes com os quais antes ele dificilmente sonhara.

A tragédia é que, muitas vezes, nossa fé não acompanha o ritmo do nosso conhecimento. Precisamos estar sempre nos arrependendo da nossa descrença e clamar a Deus para que ele aumente a nossa fé, de maneira que, à medida que nosso conhecimento cresce, nossa fé possa crescer com ele e possamos estar sempre tomando posse de maiores partes da grandeza do propósito e do poder de Deus. 

3. 3 Avivamento e a Oração

            Falar sobre a oração parece até um paradoxo, digo isto porque uma das primeiras lições que aprendemos quando aceitamos a Cristo e passamos pela classe dos novos convertidos, nos batizamos, é a importância da oração, a oração é algo que todo cristão está habituado a ouvir e dizer: a oração é a chave que abre a porta do céu, Deus se inclina para a ouvir a nossa oração, a oração move as mãos de Deus, tudo pode ser mudado pela oração, enfim, são tantas premissas ditas sobre a oração, e quando lemos a biografia dos grandes avivalistas do século XIX, homens que oravam horas a fio e depois Deus os usava poderosamente, chegamos até a nos animar dizendo: vou orar mais, contudo o que temos visto atualmente é que estamos cada vez mais orando menos.  

            Por que será que isto acontece? A resposta é muito simples, até o diabo sabe e reconhece o poder da oração, sabe que a oração é momento de intimidade com Deus, é o momento onde o cristão é fortalecido pela presença de Deus por isso ele luta desesperadamente para desaminar aos crentes da prática da oração. Estamos muito ocupados com muitas tarefas como Marta (cf. Lc. 10.38 -42) e já não sobra tempo para a melhor parte. Oração é guerra, oração é luta, oração é desarmar o reino das trevas, porém mesmo assim estamos orando muito pouco. Andrade, (2004) p. 77 inicia sua introdução no assunto do tema Avivamento e a oração da seguinte forma: “Quem não se lembra das cenas iniciais d” O Peregrino de John Bunyan? De repente, aparece aquele viajador com seu livro, e à medida que progride na jornada, vai orando e chorando. Foi exatamente assim; orando intensamente e copiosamente chorando, que aquele personagem, que representa cada um de nós em suas ânsias e dores, experimentou um grande avivamento.

            Como está a Igreja de Cristo? Está orando e chorando como o Peregrino? Ou já tem uma alternativa para a oração? É só ler a História da Igreja Cristã, a fim de se inteirar de uma verdade que, apesar de estar tão patente aos nossos olhos, vem sendo relegada ao esquecimento: a oração é uma das mais fortes características dos seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo.

            Mas o que é a oração? Segundo Andrade, (2004) p, 78 diz: a palavra oração provém do vocábulo latino orationem, e significa, numa primeira instância, súplica, prece. É um pedido que, através da fé, a criatura endereçada ao Criador. Segundo este mesmo autor existem vários tipos de oração. Oração fervorosa, é a oração que encerra um pedido mais que urgente. Oração particular, é o momento no qual o filho de Deus, fechando-se em seus aposentos, passa a dialogar docemente com o Pai Celeste. Oração em família, é a oração feita no âmbito doméstico; é o cerne da devoção familiar e por fim, a oração congregacional, dirigida ao Todo Poderoso por toda a igreja, tem esta oração, por objetivo, pedir a ajuda divina aos diversos projetos eclesiásticos, visando a expansão do Reino de Deus.

            Não temos espaço para descrever aqui os diversos testemunhos que a história nos conta acerca do poder de Deus sendo derramado em pessoas que se encontravam em oração, vamos destacar só uma ocorrida na Índia.  Em janeiro de 1905, Pandita Ramabai falou com as jovens de Mukti a respeito da necessidade de um avivamento e pediu voluntárias para se reunirem com ela diariamente para orar nesse sentido. Setenta pessoas responderam e periodicamente outras mais se ajuntaram, até formar um grupo de 550 pessoas que se reuniam duas vezes por dia no início do avivamento.

No dia 29 de junho, às 3h00 da madrugada, o Espírito foi derramado sobre uma das voluntárias. A jovem que dormia ao seu lado acordou-se quando isto aconteceu e vendo o fogo que envolvia completamente o seu corpo, correu para o outro lado do dormitório, buscou um balde cheio de água, e estava quase arremetendo o conteúdo sobre sua companheira quando percebeu que ela realmente não estava incendiada pôr fogo natural.

Dentro de uma hora, quase todas as jovens estavam reunidas, chorando, orando e confessando seus pecados a Deus. A jovem recém- batizada pelo Espírito estava sentada no meio delas, relatando o que Deus fizera por ela e exortando as outras ao arrependimento.

Após um forte arrependimento, confissão de pecados e certeza de salvação, muitas voltavam depois de um ou dois dias dizendo: “Somos salvas, e nossos pecados foram perdoados. Agora queremos o batismo de fogo”.

Num domingo, o texto usado foi: “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11). Claramente, o Espírito Santo ensinou as jovens através desta passagem, e de Atos 2.1 – 4, e através da própria experiência da primeira mulher que foi batizada, a esperarem uma experiência literal de fogo, e Deus as respondia na sua expectativa.

Muitas das jovens foram revestidas por um fogo estranho, belo e sobrenatural. Elas gritavam quando o ardor lhes penetrava e revestia. Algumas caíam prostradas ao verem uma grande luz passar diante delas, enquanto o fogo de Deus consumia os membros do corpo do pecado: o orgulho, a ira, o amor ao mundo, o egoísmo e a impureza.

Finalmente uma segurança e um gozo completo tomavam o lugar do arrependimento. Algumas que estiveram estremecendo violentamente sob o poder da convicção de pecados, agora cantavam, louvavam e dançavam de alegria, às vezes saltando por horas a fio sem sentir cansaço[1].   

Podemos observar que histórias como esta são muitas, e nos empolgam, entretanto, depois do culto, da leitura desta apostila e o sentir essa chama querendo também alcançar um avivamento espiritual, parece que depois ao chegarmos em casa tudo volta ao normal e a chama se apaga. A necessidade de um clamor por um avivamento é urgente, cada vez mais vemos crentes apáticos, desmotivados, desinteressados, cada vez mais fazendo o oposto do conselho de Paulo a Timóteo, “ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra” (2 Tm. 2.4) ARC. Parece que isto são conselhos arcaicos sem muita valia, o que está acontecendo? É a falta de oração, às vezes só oramos para pedir a Deus que resolva nossos problemas relacionados as vicissitudes da nossa vida. Como disse Andrade: “Diante de um quadro tão crítico, resta-nos apenas uma esperança: um avivamento bíblico e centrado no Cristo de Deus”. Ele ainda destaca: “o avivamento só é deflagrado quando a igreja de Cristo se põe a clamar. E, assim orando e chorando, vão os santos clamando por um avivamento, e, em prantos copiosos, logo hão de experimentar uma singular visitação dos céus”.



[1] https://revistaimpacto.com.br/avivamentos-que-marcaram-a-historia/. Acesso em 10/03/2023.


3. 4 Avivamento e a Missão

         Tratar o tema missão creio ser a mais importante tarefa atualmente da igreja contemporânea, por que? Porque, hoje segundo as estatísticas somos 8 bilhões de seres humanos na face da terra. Em 2017 BNCC, divulgou uma pesquisa realizada EUA do instituto de pesquisa americano Pew Research Center, segundo esta pesquisa, naquele período havia 7 bilhões de seres humanos na terra e que 2,18 bilhões eram de pessoas que professavam a fé cristã. Nestes 2,18 bilhões de cristãos, estão os católicos, protestantes, ortodoxos, vejamos como estava a pesquisa naquele ano: as principais tradições cristãs são a católica, com 51,4% dos fiéis; os evangélicos, 36% (sendo que a maioria segue a linha pentecostal); e os ortodoxos, que somam 12,6%[1]. Isto sem contar tradições cristãs que são minoria.

         Provavelmente, esta pesquisa esteja defasada, contudo, o que eu quero chamar a sua atenção é para a urgência da obra missionária. Renovato (2023) p. 246 diz: a Igreja era conhecida nos seus primórdios pelo seu dinamismo, evangelização e discipulado no cuidado com os necessitados. Tudo isso foi resultado do grande avivamento produzido pelo movimento de pentecostes a partir do cenáculo, quando aqueles 120 irmãos receberam o batismo no Espírito Santo. O impacto do avivamento espiritual foi tão grande que causou inveja aos inimigos do evangelho. Logo depois do Pentecostes, quando Pedro levantou-se cheio do Espírito Santo e explicou o significado daquele movimento espiritual, quase 3 mil almas aceitaram a Cristo como o seu Salvador (At 2.41). Com sinais, prodígios e maravilhas, os apóstolos pregavam com grande poder, como prova da aprovação de Deus ao seu ministério. A obra da evangelização da Igreja depois do Pentecostes começou de maneira dinâmica e eficaz: “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!” (Mc 16.20). Foi a proclamação da mensagem de Cristo, com demonstrações de sinais e prodígios feitos por Deus.

            Estamos desesperadamente necessitados de um avivamento, e isto fica claro quando pensamos que a igreja que foi levantada por Jesus, teve um início maravilhoso com o derramamento do Espírito Santo, hoje temos que lutar para conscientiza – lá de sua reponsabilidade de evangelizar e pregar o evangelho aos perdidos. As vezes parece que a igreja está indiferente diante da ordem divina de fazer discípulos de todas as nações. Andrew Murray diz em seu livro a Chave para o problema missionário, o autor declara: que o problema central porque os cristãos não se envolvem com a causa missionária é a falta de avivamento. Segundo este autor, a falta de comprometimento com Deus, o resultado é falta de comprometimento com missões. Não temos tido paixão pelas almas é porque não temos tido real paixão por Jesus.  

            Se um cristão não estiver avivado com toda certeza não terá amor pelas almas, se a própria igreja não estiver avivada não se preocupara em enviar missionário e nem mesmo em sair nas ruas da sua cidade, ou estado ou pais para poder pregar a Palavra de Deus. Por isso, é indispensável, urgente e imperioso que os crentes em Jesus, que ainda amam a Deus, a Cristo e à sua Palavra, busquem o avivamento espiritual diuturnamente, como clamou Habacuque “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia (Hc. 3.2).

   

Segue na próxima postagem.