Este blog tem como objetivo trazer reflexões bíblicas, filosóficas e educacionais que estimule a fé o pensamento critico e o respeito pela vida.

Inscreva - se

Quem sou eu

Minha foto
A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isso fica sendo a minha última e mais elevada descoberta. Issac Newton. No princípio criou Deus os céus e a terra. Gn. 1.1
Marcos M. de Paula. Tecnologia do Blogger.
Powered By Blogger

1. 4 Empecilhos ao Avivamento


 1. 4 Empecilhos ao Avivamento

         

          Se tem algo em que a cristandade está claramente ciente é da guerra espiritual que todos os cristãos enfrentam (cf. Ef. 6. 10 -20). Nosso proposito neste tópico não é tratar exatamente deste conflito, mas apontar para alguns elementos que nesta batalha que também são empecilhos tanto na nossa consagração ao Senhor como também na busca de um glorioso avivamento espiritual na contemporaneidade. D. Martyn Llyod Jones, (1992), p. 12 declara: “A Igreja é constituída de tal forma que cada membro é importante, e sua importância é vital. Por isso também chamo sua atenção para este assunto, em parte porque sinto que há uma curiosa tendência, hoje em dia (1952), de membros da Igreja Cristã sentirem e pensarem que podem, por si, fazer muito pouco, e assim tendem a depender de outros para fazerem tudo por eles. Isto, naturalmente, é característico da vida moderna... houve uma época em que as pessoas providenciavam seu próprio entretenimento, porém hoje dependem do rádio e da televisão para se distraírem. E receio que esta tendência está se manifestando até mesmo na Igreja Cristã. Dia a dia é mais evidente que a grande maioria está simplesmente cruzando os braços e esperando que uma ou duas pessoas façam tudo que é necessário. Ora, obviamente, isso é uma negação completa de tudo que o Novo Testamento apresenta a respeito da doutrina da Igreja como o Corpo de Cristo, em que cada membro tem responsabilidades, tem uma função, e é de importância vital”.

 

          Apesar dessa análise de D. Jones ter sido feita na década de 50 no milênio passado, chamamos a sua atenção para alguns fatos que ainda ocorrem atualmente pleno XXI. Muitos cristãos acham que o avivamento irá acontecer se o pastor ou os obreiros da casa do Senhor orarem mais fazerem mais na obra de Deus, porém avivamento como já dissemos pode ter início com um grupo de crentes ou até mesmo com um crente desejoso que o busque de coração por um avivamento. Na era da modernidade as pessoas se encantaram com o rádio, depois, TV, entre outras coisas e o foco de muitos crentes também mudou. Na chamada atualmente era da pós-modernidade, muitos crentes também tem se encantado com a internet, e as redes sociais, etc., se esquecendo que a obra de Deus ainda é: “… ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc. 16.15). Outro tanto de crentes, se lamentam dizendo: eu não sou nada, sou pequeno, etc., isto só porque talvez não fazem parte do corpo de obreiros de uma igreja e acabam por se isentar de suas obrigações no reino de Deus. Deixam de se envolver com as coisas do céu e passam a ficar com a cabeça nas coisas da terra. Estes necessitam abraçar o conselho de Paulo aos Colossenses: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que estão na terra...” (Col. 3. 1 -2) ARC.  

Quando falamos em empecilhos para o avivamento queremos destacar alguns já conhecidos no contexto da batalha espiritual, mas que também são impedimentos para o avivamento espiritual tanto individual quanto coletivo, são eles: incredulidade, impureza doutrinária, ortodoxia defeituosa, ortodoxia morta e a inércia espiritual. Não temos espaço aqui para tratar de todos esses empecilhos, mas, vamos destacar dois desses empecilhos são eles: a incredulidade e a inércia espiritual.

 

            Incredulidade, segundo Douglas, (1995), p.744, é expressa por meio de dois vocábulos gregos no Novo Testamento, apistia e apeitheia. A palavra apeitheia denota invariavelmente a desobediência, a rebelião e a contumácia. Assim sendo, Paulo ensina que os gentios alcançaram misericórdia devido à rebelião dos judeus (Rm. 11.30). Essa desobediência se origina da apistia, falta de fé e confiança. A apistia é um estado de mente, enquanto a apeitheia é a sua expressão. É impressionante, o estado de falta de fé e confiança que a igreja do século XXI tem vivido em relação a um avivamento espiritual, os comentários que ouvimos hoje é: está difícil, o povo não quer saber de nada, a igreja esfriou, os obreiros são isso e aquilo, o pastor é assim o ministério é assim, etc., quando não a tônica é a teologia da prosperidade com o lema “pare de sofrer”. Não se vê uma perspectiva de renovação, uma buscar de poder, estamos frequentemente tratando somente de temas relacionados ao sofrimento ou algum tema moral e isto tem se alastrado pelas igrejas.

 

          Alguns desses temas são reais e importantes? Sim, são, porém diante da situação de um esfriamento espiritual do qual estamos passando, precisamos começar a enfatizar mais o poder renovador de Deus através do Espírito Santo, o poder do reavivamento que o Senhor pode realizar na vida dos crentes e na igreja, como já ocorreram em épocas distintas na história da igreja. A grande questão é que muitos já não creem (incredulidade) num possível avivamento espiritual para a igreja atualmente. Jones (1992), p.  37 argumenta: “o encobrimento e a negligência de certas verdades, e de certos aspectos da verdade cristã, sempre tem sido a principal característica de cada período de decadência na longa história da igreja cristã”. Estamos vivenciando um momento desses, falamos de santidade, obediência, milagres, prosperidade, porém negligenciamos em deixar falar de incentivar o povo e a nós mesmos, de buscar o poder renovador, restaurador de Deus que continua disponível ao seu povo. Falamos de céu, porém não falamos que Deus que nos prometeu o céu é poderoso e pode derramar um poder renovador tal que milhares de almas sejam alcançadas e se converterem ao Senhor.

 

          Muitos já desistiram de buscar uma renovação espiritual, ainda querem defender sua letargia dizendo: “é a Bíblia diz que nos últimos dias o amor de muitos esfriaria”, isto está escrito na Bíblia? Sim, está, contudo, quem nos garante que verdadeiramente somos nós a geração dos últimos dias, quantas vezes na história da igreja uma geração se sentiu como sendo a derradeira, mas, não foi? Precisamos, verdadeiramente, ter à disposição para batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. E mesmos que sejamos esta geração do tempo dos fins, Deus é poderoso para nos presentear com o que poderá ser chamado de o Pentecostes dos últimos dias da igreja de Cristo na terra, você crê nisto?

 

A inércia tem sido outro fator de impedimento a um avivamento espiritual. Infelizmente, milhares de crentes não tem conseguido reagir, estão parados apáticos apenas assistindo à história da vida passar diante de seus olhos. A inércia espiritual se dá a partir do momento que deixamos de crer e confiar nas promessas de Deus e abandonar o propósito de Deus para com a igreja na terra revelada em sua palavra, sendo a evangelização dos povos e crer que Deus está no controle. Não obstante, o objetivo de um avivamento é despertar a igreja para sua missão na terra, anunciar a salvação do homem por meio de Cristo. O primeiro resultado da inércia espiritual é o abandono total ou quase total da vida de oração e de testemunhar aos não crentes. É fácil perceber o esfriamento espiritual, pois, o primeiro sintoma que ocorre na vida da igreja é a baixa ou quase total adesão a oração.

          Jones, (1992), p. 95 aborda da seguinte forma a questão da inércia na vida de oração de muitos crentes: “temos muitas pessoas nas nossas igrejas, que frequentam com regularidade exemplar, especialmente se temos grandes concentrações (festas), porém que simplesmente nunca compareceram às reuniões semanais de oração”. Ele ainda destaca um motivo: “Se tivéssemos um verdadeiro fardo (amor) pelas almas, estariam ali orando regularmente, na prosaica reunião de oração. Esse é o teste. O homem que realmente tem um fardo pelas almas é um homem que se sente pressionado por esse fardo, e o fardo o pressiona a cair de joelhos e buscar a presença de Deus. Sua atividade suprema é a oração. Ele faz outras coisas, é claro, porém, a coisa principal e vital para ele é a oração”. Por conseguinte, se quisermos vivenciar um avivamento espiritual, para que milhares venham ao conhecimento da verdade e sejam salvos (cf. Tm. 2. 4), precisamos nos voltar a oração constante, incessante, pois só assim o verdadeiro avivamento ocorrerá. 

0 comentários:

Postar um comentário

Todos os comentários são bem vindos, porém espera-se que o respeito seja a base fundante dos relacionamentos sociais.