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1.3 A essência do Avivamento Espiritual


 1.3  A essência do Avivamento Espiritual

          Quando falamos da essência do avivamento espiritual, estamos ressaltando que este tipo de avivamento é algo exclusivo e que acontece unicamente no meio do povo de Deus. É quando o Espírito Santo renova, reaviva e desperta a igreja que se encontra numa letargia profunda. É a revitalização onde já existia vida, uma vez que Paulo diz em sua carta aos Efésios de quando cremos em Cristo somo revividos: “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência”, (Ef. 2.1) ARC, porém com o tempo se deixa esfriar espiritualmente, ou seja, perde o vigor, a presteza o desejo, o entusiasmo, (é bom lembrar que todas essas coisas têm início quando a igreja (crentes) deixam de orar e observar a Palavra de Deus e buscar uma vida consagrada ao Senhor).

O avivamento espiritual, é uma experiência que acontece na vida do crente, primeiramente individualmente, ou seja, o Espírito Santo inicialmente realiza, basicamente, entre os membros da Igreja. O impacto dessa obra do Espírito de Deus na vida do crente e da igreja, tem como resultados imediatos, senso inequívoco da presença de Deus; oração fervorosa e louvor sincero; convicção de pecado na vida das pessoas; desejo profundo de santidade de vida e aumento perceptível no desejo de testemunhar, pregar o evangelho e um intenso desejo de estar com Deus em oração e meditação na Palavra de Deus. Esse despertamento para um avivamento ou reavivamento como queiram chamar, começa a ser realidade quando buscamos, foi assim que teve início o chamado Pentecoste Metodista, Duewel, (1995), p. 48 relata:

“No dia do Ano Novo, 1739, John e Charles Wesley, George Whitefield, mas quatro membros do Clube Santo fizeram uma festa do amor (provavelmente a ceia do Senhor) em Londres. “Cerca de três da manhã, enquanto estávamos orando, o poder de Deus caiu tremendamente sobre nós, a tal ponto que muitos gritavam de alegria e outros caíram no chão (vencidos pelo poder de Deus). Tão logo nos recobramos um pouco dessa reverência e surpresa na presença da Sua majestade, começamos a cantar a uma voz: “Nós te louvamos, ó Deus; Te reconhecemos como Senhor”.  Este evento como supracitado foi chamado de Pentecoste Metodista, o interessante, é que se você continuarmos a ler o livro de Duewel, você ficará impressionado como Deus a partir daquele momento começou a usar os irmãos Wesley e Whitefield em suas mãos, milhares e milhares de pessoas começaram a ser alcançadas pelo Evangelho de Cristo, o que começou com alguns crentes se expandiu para milhares de pecadores que se renderam a Cristo. Oh. Glórias!

          O avivamento espiritual orquestrado pelo Espírito Santo não apenas afeta a igreja, mas a sociedade também, que é beneficiada pelo agir de Deus. Isto acontece porque, além da atuação soberana do Espírito Santo no mundo, na igreja passa a existir uma conscientização profunda de sua missão; isto é, a missão integral de servir o mundo evangelística e socialmente. No avivamento a igreja vive a missão para a qual foi chamada. Vidas são alcançadas, pessoas transformadas. Acertadamente o Dr. Heber Carlos de Campos disse: "o avivamento começa na igreja e termina na comunidade maior onde ela vive. Os efeitos do avivamento são muito mais perceptíveis nas mudanças morais que acontecem na região ou num país onde ele acontece”.

          Em tópico anterior destacamos alguns avivamentos ocorridos no período do Antigo Testamento, porém agora vamos destacar alguns avivamentos ocorridos no século XIX. No século XIX alguns homens foram instrumentos de Deus para liderar grandes avivamentos. Vejamos:

Charles G. Finney foi poderoso na Palavra, na oração e no testemunho. Viveu nos Estados Unidos. Sob a influência de sua pregação, igrejas foram renovadas, nasceram novas comunidades, pessoas deixaram vícios, etc. No livro Heróis da fé de Boyer, p. 117, falando desse gigante da fé Charles Finney diz acerca de seu método de trabalhar, ele escreveu:

                                                 “Dei grande ênfase à oração como indispensável, se realmente queríamos um avivamento. Esforçava-me por ensinar a propiciação de Jesus Cristo, sua divindade, sua missão divina, sua vida perfeita, sua morte vicária, sua ressurreição, a necessidade de arrependimento e de fé, a justificação pela fé, e outras doutrinas que se tornaram vivas pelo poder do Espírito Santo. Os meios empregados eram simplesmente pregação, cultos de oração, muita oração em secreto.... Boyer 2002, p. 117.

          Charles H. Spurgeon (1834-1892) foi professor de crianças na EBD e viu muitos pais se converterem com o testemunho dos filhos. Spurgeon foi poderoso na pregação. Sinais e prodígios eram comuns em suas reuniões. Esse avivamento iniciou-se na Inglaterra e alcançou outros países. Boyer também descreve a vida desse que foi considerado o príncipe dos pregadores, Boyer escreve:

                                “O príncipe dos pregadores” era, antes de tudo, “o príncipe de joelhos”. Como Saulo de Tarso, também entrou no reino de Deus agonizando de joelhos. No caso de Spurgeon, essa angústia durou seis meses. Depois (assim aconteceu com Saulo) a oração fervorosa virou um hábito na sua vida. Aqueles que assistiam aos cultos no grande Metropolitan Tabernacle diziam que as orações eram a parte mais sublime do culto”. Boyer 2002 p. 193.  

          Dwight L. Moody viveu de 1837 a 1899, nos Estados Unidos da América. Calcula-se que cerca de 500 mil pessoas se entregaram a Cristo por seu intermédio. Dedicou-se a EBD. Começou com 12 crianças e, em poucos anos, esse número chegou a 12 mil. Boyer, 2002 traz uma clara visão do êxito de Moody.

                                      Ao contemplar o êxito de Dwight L. Moody, somos constrangidos a acrescentar: Quem pode calcular as possibilidades de um filho criado num lar onde os pais amam sinceramente ao Pai celestial a ponto de chamar diariamente todos os seus filhos para escutarem a sua voz na leitura da Bíblia e reverentemente clamarem a Ele em oração? Boyer, 2002 p. 210.

          O que queremos é que a igreja perceba é que a essência, ou seja, a característica básica, central para que aconteça o derramar do poder de Deus para um grande avivamento, é os crentes busquem, desejem, orarem por um avivamento, santifique a própria vida “Josué ordenou ao povo: “Santifiquem-se, pois amanhã o Senhor fará maravilhas entre vocês” (Js. 3. 5) NVI. Um avivamento só pode acontecer na vida de um crente ardoroso e desejoso de receber renovação de Deus, pelo Espírito Santo orando incessantemente e santificando sua vida.

          Duewel, (1995) p. 115 – 117, em seu belíssimo livro o Fogo do Reavivamento nos conta uma história que ilustra bem quando um homem busca o mover de Deus, em meio do povo na busca por um avivamento, estamos falando de Jeremiah Lamphier.    

          Um calado homem de negócios de 46 anos, de Nova Iorque, foi nomeado em 1º de julho de 1857 como missionário para a igreja Holandesa na cidade de Nova Iorque, Jeremiah Lamphier havia-se convertido em 1842 no Tabernáculo da Broadway, igreja de Finney construída em 1836.

          Lamphier sentiu-se guiado por Deus para começar uma reunião de oração semanal, ao meio dia, da qual os negociantes pudessem participar. Quem quisesse podia comparecer, seja por alguns minutos seja durante uma hora inteira. As orações deveriam ser comparativamente breves. Lamphier imprimiu folhetos anunciando as reuniões com o título: “Com que frequência Devemos orar?  Ele distribuiu em alguns escritórios e armazéns. Também afixou um na porta da igreja do lado que dava para a rua.

          No primeiro dia, 23 de setembro de 1857, Lamphier orou sozinho durante meia hora. Mas, no fim de uma hora, seis homens de pelo menos quatro denominações uniram-se a ele. Na quarta-feira seguinte havia sete. A 7 de outubro já eram quase quarenta. A reunião foi tão abençoada que eles decidiram encontrar-se diariamente. Uma semana mais tarde havia mais de cem presentes, incluindo muitos indivíduos não salvos que foram convencidos do seu pecado pelo Espírito Santo.  Dentro de um mês os pastores que frequentaram as reuniões de oração ao meio dia na rua Fulton começaram reuniões matinais de oração em suas igrejas. Em breve os locais em que as reuniões se realizavam ficaram superlotados. Homens e mulheres, jovens e velhos de todas as denominações reuniam-se e oravam juntos sem distinção.

Os jornais começaram a mencionar as reuniões, dentro de três meses, reuniões similares haviam brotado em todo o país. Milhares começaram a orar nesses cultos e em suas próprias casas. Os três cômodos da igreja da rua Fulton ficaram superlotados e centenas tiveram de ir a outros lugares. Em princípios de fevereiro, uma igreja metodista foi aberta e logo encheu-se de gente. Os balcões ficavam repletos de senhoras. A 19 de março, um teatro foi aberto para as reuniões de oração e uma hora antes de começarem, pessoas tiveram de ser mandadas embora. Centenas ficavam nas ruas por não poder entrar. Em fins de março, mais de seis mil pessoas reuniam-se diariamente para orar na cidade de Nova Iorque. Em pouco tempo, havia 150 reuniões conjuntas de oração.

As reuniões começaram em fevereiro, na Filadélfia. Em breve o Jayne’s Hall estava superlotado e reuniões eram realizadas ao meio dia, todos os dias, nos salões públicos, salões de concerto, corpo de bombeiros, casas e tendas. Toda a cidade transpirava um espírito de oração.

Contudo, uma história mais próxima de nós é a história do Avivamento Pentecostal que aconteceu em 1906 na rua Azusa. Em 1905, um pequeno grupo de crentes afro-americanos, famintos por avivamento, foram expulsos da Segunda Igreja Batista de Los Angeles. Eventualmente, eles começaram a se reunir em uma casa na Rua Bonnie Brae, onde os sinais de avivamento e manifestações espirituais começaram a juntar um crescente número de participantes. O improvável líder desse grupo foi um humilde, não muito estudado, filho de ex-escravos, chamado William Joseph Seymour. Para Seymour, a mensagem da hora era o renovo de Pentecostes, evidenciado pelo enchimento do Espírito Santo.

O pastor Seymour e mais sete pessoas reuniram-se para orar e buscar a plenitude do Espírito Santo, na noite de 6 de abril de 1906. Os sete foram batizados com Espírito Santo com a evidência de falar em outras línguas. Três dias depois, Seymour recebeu o mesmo batismo de poder. Como a mensagem do fogo do avivamento começou a se espalhar pela cidade de Los Angeles, os crescentes ajuntamentos superlotaram a casa da Rua Bonnie Brae. A necessidade de um lugar maior tornou-se evidente.

Finalmente, um prédio desocupado em mal estado na Rua Azusa nº. 312 foi localizado e alugado. Ainda que o local tenha sediado, anteriormente, a Igreja Metodista Episcopal Africana, a estrutura de dois andares já bem desgastada estava sendo usada por um construtor como depósito de materiais de construção, estábulo para animais e feno. Mas em questão de alguns dias, com serragem no chão, forro de palha ao redor do altar e duas caixas de sapato como púlpito, o primeiro culto na Missão da Rua Azuza aconteceu no dia 14 de abril de 1906[1].

É impressionante estas histórias, pois elas nos apontam para a realidade de que se nós quisermos, podemos buscar e assim como Deus fez no passado pode fazer ainda hoje, pois, Ele não mudou. A grande diferença entre aquelas pessoas e nós e hoje é que atualmente não queremos muitos sacrifícios, queremos poder, prosperidade, ação divina em nosso meio, porém não estamos dispostos a pagar o preço em oração. No início do livro de Atos 1.14 a bíblia nos diz: “Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos”. A importância da oração para ocorrer um avivamento espiritual é sobremaneira relevante. Isto fica muito claro quando lemos o livro de Atos dos apóstolos que nos conta a história dos 30 primeiros anos da história da igreja, a igreja nasceu com intensa oração e persistiu em orar.

Em Atos 2.42 o texto diz que a igreja era uma igreja que orava. Ela dependia mais de Deus do que dos seus recursos. Observe:

a)    Atos 1. 14 – Todos unânimes perseveravam em oração;

b)    Atos 3. 1 – Os líderes da igreja vão orar às três horas da tarde;

c)     Atos 4. 31 – A igreja sob perseguição ora, o lugar treme e o Espírito Santo desce;

d)    Atos 6. 4 – A liderança da igreja entende que a sua maior prioridade é a oração e a Palavra;

e)    Atos 9. 11 – O primeiro sinal que Deus deu a Ananias sobre a conversão de Saulo é que ele estava em oração;

f)      Atos 12. 5 – Pedro está preso, mas há oração incessante da igreja em seu favor e ele é liberto miraculosamente;

g)    Atos 13. 1 – 3 – A igreja de Antioquia ora e Deus abre as portas das missões mundiais;

h)    Atos 16. 25 – Paulo e Sila ora e Deus abre as portas da Europa para o evangelho;

i)       Atos 20.36 – Paulo ora com os presbíteros da igreja de Éfeso na praia;

j)       Atos 28. 8-9 – Paulo ora pelos enfermos na ilha de Malta e Deus os cura.

Nosso grande problema hoje é que se fala muito em oração e se ora tão pouco, estamos carregados de atividades e ainda dizemos: “não me sobra tempo para orar e ler a Bíblia”! Contudo, as estatísticas apontam que cada vez mais estamos sintonizados nas redes. Que coisa hein!

Portanto, querer vivenciar um avivamento é bom e muito interessante e necessário, agora vivenciar e participar de um real e verdadeiro avivamento é muito melhor, contudo, para que isto ocorra a parte humana num avivamento não é só receber, mas sim buscar intensamente, ardorosamente em oração e santificação, estamos dispostos a pagar este preço?

 

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